quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Lucy - O filme


Créditos: Omelete Uol
           Lucy é o tipo de filme que é pouco divulgado entre as mídias sociais, pelo menos eu só soube que o filme existia quando queria assistir algum filme “bom” no cinema (e em pico de sair de cartaz).
       É a história da primeira mulher humana capaz de usar mais do que 10% do seu cérebro. Por acidente, Lucy abriga em seu estômago sacos com uma droga em alta quantidade, que acidentalmente acaba se rompendo do plástico e  se misturando no seu organismo e dando a ela capacidades cerebrais incríveis.  
       Misturando ciência e ficção, eu classificaria, fantástica, o filme aborda a capacidade (ou possível capacidade) que o cérebro humano teria se atingisse 100% da sua atividade.
        Além da história em si, o filme chega a ser mais interessante por que é apresentado ao espectador fatos da ciência, que para mim, são geniais. Além da comparação entre a vida selvagem e a vida urbana logo na primeira cena do longa que é definitivamente GENIAL.
 

       Lucy tem uma duração de 90 minutos, e acredito que um pouco menos que isso. Sinceramente, você imagina falar de um assunto tão complexo que os cientistas ainda estão levando milhares de anos para tentar explicar ou entender, ser apresentado em 20 minutos e se desenrolar em 70? Difícil, né?
        Como seguidora da saga de O Senhor dos Anéis, e O Hobbit, não tenho problema NENHUM em assistir longas de mais de duas horas, quando uma história é bem feita, e consegue prender o espectador, mesmo que ele não tenha lido nenhum livro, vale cada centavo do seu cérebro. E acredito que foi esse o único pecado de Lucy: o tempo.
      Em 90 minutos, Lucy se apresentou, apresentou seu problema, e soltou seu spoiler logo na primeira meia hora.
        O filme fica com um buraco no meio da história, mas a gente sempre espera pela última gota de esperança, e espera que isso seja resolvido e que nossas expectativas sejam feitas nos próximos minutos, mas isso não acontece. O fim? O fim é um buraco ainda maior, acaba de repente, e dá vontade de ficar olhando pro telão chorando eternamente (se as pessoas não tivessem saído tão rápidas da sessão..)
        É um filme ruim? Não. Você tem que assistir? Sim. Eu assistiria novamente? SIM! Por quê?
        Scarlet Johansson está belíssima, como sempre. Uma atuação perfeita de como a Lucy deveria ser. Ela é forte o tempo todo. O tempo todo. E até mesmo quando parece que a Lucy vai desmoronar, ela consegue te emocionar. São os pequenos gestos, o cabelo emaranhado, o salto 15 e o seu cérebro 100% que encantam. 
Créditos: Geek Vox
     Há também Morgan Freeman, que interpreta um professor de uma universidade que estuda a capacidade do cérebro humano. Lindo. Mas ele vem e o filme acaba e não é do seu rosto que focaram. Uma pena.
     O policial que se torna cobaia de corrida maluca de Lucy, é bonito, não é estereotipado, mas meu Deus é muito fraquinho em sua interpretação. O filme acaba e eu me pergunto por que deixaram na imagem dele a última cena. Por quê?
      O filme é ótimo se você tiver mente aberta e gostar de ficção e ciência. Acredito que ele poderia ter sido mais bem trabalhado no final, com um pouco mais de cenas e tempo, com um pouco mais daquelas cenas lindas do início. Tem alguns erros bem Hollywood, como você estar com uma mala suja de sangue, e passar por policiais e ninguém te parar. Ou entrar em um hospital com uma arma do tamanho de um bolo, e estar tudo ok.
        Separei alguns comentários de alguns críticos sobre o filme. Olhem só:
“O melhor filme de histórias em quadrinho há muito tempo, embora não seja baseada em nenhuma HQ, Lucy une o clássico Besson com Quentin Tarantino, em uma tentativa de visão mística e de solução dos problemas do mundo, que encontramos em '2001 - Uma Odisséia no Espaço', de Stanley Kubrick, e em 'A Árvore da Vida', de Terrence Malick.” (Louis Black, do Austin Chronicle)


 “O que Johansson faz em Lucy não vai lhe render prêmios, mas consolida a sua habilidade de realizar um filme que tem algumas ideias, embora imaturas, e que não tem nada a ver com o óbvio apelo sexual dela.” (Marc Mohan, do Portland Oregonian).

 “Em um momento fascinante de clímax, o filme fica atraentemente bizarro, embora, de alguma forma, desfigurado pelos efeitos especiais bregas, tendo uma grande dívida com '2001'. Um fim abrupto causa o sentimento de frustração e deixa perguntas flutuando no espaço. Mas, novamente, apenas estou usando de 3 a 5% da minha capacidade [cerebral], então eu não sei do que estou falando.” (Kyle Smith, do New York Post)

 “Quando o filme esgota-se em si mesmo — em cintilantes 89 minutos — passa a sensação de que literalmente não há nenhum lugar aonde Lucy e Besson não possam ir, nenhuma fronteira, nenhuma lei, nenhuma lógica. Aceite isso.” (Entertainment WeeklyJeff Labrecque)

 
  Enfim. Como diria a Lucy: “Agora você já sabe o que fazer!” :D


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