terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Anexos | Rainbow Rowell



Eu não sei nem por onde começar. Talvez dizendo que, Anexos é, absolutamente engraçado, e inspirador. Tive a impressão de ver marcas pessoais da autora Rainbow Rowell nos personagens, e acho que isso acontece na verdade o tempo inteiro quando ela discute gostos musicais, ou quando o Lincoln jogava D&D com os amigos.

(Eu já tinha comentado sucintamente neste post, que Anexos era um dos meus "mais mais" do ano (eu realmente me decidi que iria lê-lo logo), então quem viu este artigo, sabe mais ou menos do que se tratava.)

Lincoln é um cara. Avá. Perfeitamente perfeito até mesmo em suas imperfeições. Nossa. Ele tem quase 30 anos, mas é totalmente reprimido com os seus sentimentos, ao ponto de não olhar nos olhos de mulheres desconhecidas por medo do julgamento delas, e isso torna ele perfeito em suas imperfeições, por que... Chega muito próximos dos nossos sentimentos, digo, eles chegam a ser reais e não uma coisa impossível de acontecer, sabe? Bom, depois de sair da faculdade e de passar por um trauma amoroso, o cara volta a morar com a sua mãe, que é basicamente mãezona-controladora. Ele então arranja um emprego noturno em um jornal, só que: ele achava que iria trabalhar como Segurança de Internet, mas na verdade a sua principal função é ler o e-mail dos funcionários, e delatar aqueles que infringem as regras, com assuntos de pornografia, ou pôquer, por exemplo. Ele basicamente ODEIA esse serviço. Sério. O Lincoln não gosta de invadir a privacidade das pessoas, e lendo seus e-mails é assim que ele se sente.

Todos os e-mails suspeitos vão para um filtro chamado WebShark, e é lá que ele acaba se deparando com a troca de mensagens entre duas mulheres, a Jennifer e a Beth. As duas forçosamente jogam palavras que julgam suspeitas, mas elas nunca realmente falam desses assuntos. E é lendo as mensagens das amigas que o Lincoln acaba se apaixonando por... uma delas.

Tudo o que a gente sabe sobre a Jennifer ou a Beth é pelos e-mails. Não há espaço, pelo menos em 98% do livro, na narrativa da autora sob as duas personagens. E em todos os e-mails que aparecem na história é o momento em que a gente se sente como o Lincoln se sente: por que é nesse momento que ele também tem conhecimento dos anexos.

Esses e-mails são, meu Deus, hilários. Sério, tinha momentos em que eu me debruçava de rir, uma por que eram sem noção, e dois por que eu me identificava com alguns trechos e ria da situação irmã;

Jennifer e Beth são incríveis, e elas me lembram muito a minha época de troca de conversas na internet no Messenger. O jeito como uma trata a outra, acabou me dando muita, muita mesmo, nostalgia. E isso quase se tornou dolorido, por que eu estou naquele fase: "cara, eu preciso de uma amizade assim". 

Jennifer trabalha na revisão, e Beth é repórter. E dela é que eu tiro a conclusão de trechos pessoais, por que a própria autora Rainbow é ex-repórter. (Então, será que tudo o que ela diz que é trabalhar num jornal, é verdade? wow.) 

O livro se encaixa em três pontos importantes: Na decisão que o Lincoln deverá tomar em relação ao seu passado amoroso; No bug do milênio, que foi um acontecimento importante que aconteceu nos anos 90 quando os programadores e as pessoas em geral que trabalhavam nisso tiveram com  o medo de que seus servidores pifassem quando o ano se tornasse 00, e isso acontece na história e é legal por que além dos diálogos nostálgicos de uma era que tinha muito medo dos computadores,  dá a sensação de que algo importante pode acontecer quando o ano virar; e por último na sofrida decisão que o Lincoln vai tomar sobre a sua amada. Por que, [...] no momento em que Lincoln percebe que está se envolvendo, tudo indica que já é tarde demais para se apresentar. Afinal, o que ele diria...?


A autora permanece com linhas características de Eleanor e Park, por exemplo em suas inúmeras citações musicais, seu vocabulário geek, tanto que isso até me confundia ás vezes. (Por que... bom eu não conheço todos os jogos de vídeo game do mundo, né?)

Quanto a tradução: ela foi BEM melhor que Eleanor e Park, mas ainda há trechinhos confusos, mas nada que impeça a leitura.
Quanto a qualidade do livro ele veio quase com a mesma edição. Na diagramação em si. As páginas não vieram manchadas como em Eleanor em Park, e exceto a minha capa que chegou eventualmente amassada na ponta, ele estava em perfeitas condições.

Eu descobri que a autora faz playlist de todos os seus livros (gente, isso é incrível), ou seja, todas as citações musicais dessa obra e de todas as outras, o leitor não precisa se preocupar em marcar pra ouvir depois, ele pode encontrar no arquivo que a Rainbow faz. <3  No próximos post, eu vou mostrar algumas dessas músicas, e mostrar também coisas amorzinhos que eu descobri dessa moça que é agora minha autora favorita!

(Essa é provavelmente minha maior resenha, mas é por que eu tinha muita coisa pra contar, e por que o livro é realmente muito bom!)



Editora: Novo Século
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2 comentários:

  1. AAAH eu estou louca pra iniciar essa leitura. Sou muito fã da Rainbow Rowell e a sinopse do livro me interessou bastante! Quero começar logo \o

    http://quasedemanha.com

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    Respostas
    1. Você vai a-mar! (ainda mais por que é fã ^^)

      Beijo! <3

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