quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Azedume Poético por Natália Vilma

 Confesso que nunca fui fã de poesia, e peguei um medo ainda maior quando o assunto era criar uma. Fazer rimas, criar estruturas, me dava desespero. Mas ainda bem que há pessoas que não são assim; 

 Acredito que o número de poetas cresceram nos últimos anos devido a liberdade criada com as palavras e que nos foi permitida. A forma de se escrever tomou outras formas.

  Pega uma foto bonita de um filme, ou de um vídeo clipe, e coloca escrita nela o seu trecho favorito. Pronto. Agora todo mundo sabe como você se sente. Ousadia maior é quem cria suas próprias fotos com seus próprios trechos. E criar é uma palavra que se a gente não tomar cuidado, vira piada. Ninguém cria nada, tudo se copia, dizem. E pode ser verdade, mas prefiro acreditar e ter como lema que certas coisas nos inspiram. Um poeta tem em suas estrofes um pé do Drummond ou do Pessoa, o mesmo ritmo, o mesmo sentimento, ou por que gostava muito do autor, ou por que a sensibilidade ficou guardada na mente. Tudo o que a gente diz, faz ou escreve não é nosso, é inspirado de alguém. 


 Isso é um pouco do que eu descobri do que tinha perto de mim e não sabia. Tenho como amiga, que compartilha das minhas loucuras, uma pessoa que também escreve (e mesmo em uns três anos de se esbarrar por aí, eu ainda não sabia disso) poesias. Mas acredito que é muito mais do que a Natália faz. 

A Natália é naturalmente melancólica. Ela não escreve só poesias, ela escreve o que desenhar no peito. Palavras soltas, estruturadas, textos.
Autor é maluco, escrever já é uma maluquice por si só, e é por isso que nossos trabalhos nunca podem ser encaixados num único estereótipo.
As palavras dela me fazem lembrar outros poetas; e muitos de seus textos me fizeram fixar os olhos em algumas linhas específicas, me inspiram e eu gosto disso. 



Por que a gente é assim?

Só por que a gente é assim
tudo desorientado,
a gente é mais feliz
do que todo mundo.

Nós fugimos de um plano
que naquele pano 
todos já pintaram.
E fazia menção
de que o coração
era feliz sem ser notado.
Feliz como?
O coração amado
não se acostuma com abandono.
E a gente passa o dia sorrindo
só que um sorriso mal plantado.
E elas acabam acreditando
que a gente é realmente
feliz. 


- Natália Vilma.
Então, se você quiser acompanhar o trabalho dela, vou deixar o link (: Além de poemas como esse, que mostrei acima, ela compartilha imagens lindas com frases - adivinhem! - inspiradoras. Tudo o que eu realmente amo.


Por Amanda Soares

2 comentários:

  1. "Eu que já venho de dentro,
    percebo quem me vê de fora.
    Meu coração que voa contra o vento,
    para, e por ti, aflora."

    5 segundos de você. :3

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Você daria certinho na época em que as pessoas escreviam filosofando. HAHAHAHA Amei! Obrigada. <3

      Excluir

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