segunda-feira, 20 de abril de 2015

Orgulho e Preconceito | Jane Austen (em PDF)


Yey! FINALMENTE, depois de longos 19 anos, eu consegui ler Orgulho e Preconceito (só que em pdf, pois é). Toda essa demora é calculada em muitos fatores, mas principalmente por que eu sempre colocava outro livros na frente da compra. Mas enfim eu consegui. Agradeço imensamente por essas pessoas que disponibilizam os pdf's dessas obras na internet, ainda mais traduzido (por que é mais comum você encontrar eles legalmente em inglês).


Sempre quando eu pego uma obra da Austen nas mãos eu sinto que deveria também estar com um mapa ao meu lado.  Austen era britânica e muito nacionalista. Ela amava a Inglaterra, e fala de cada cidade como se fosse comum aos olhos de todo o leitor. Pode ser talvez que a moça nunca tivesse a dimensão de até onde os seus escritos iriam, e pensasse que somente alguns leitores ingleses o leriam. Por isso, ouvir falar de tal e tal cidade não é tão íntimo para quem não o conhece.



Conta-se a história da família Bennet. Elizabeth, Jane, Mary, Lydia e Kitty são irmãs e Mrs. Bennet e Mr. Bennet os pais. Basicamente o livro se concentra na preocupação que a mãe das meninas tem em encontrar um marido para cada uma das filhas o mais rápido possível, e desde que isso envolva grandes vantagens, como dinheiro, casa e título. Lydia e Kitty são as mais assanhadinhas para que isso aconteça, embora Kitty esteja sempre sendo persuadida pela irmã. Elas tem um enorme interesse nos homens oficiais e nunca perdem a oportunidade de ir até a cidade para os encontrarem. Mary estuda piano e é reservada, a autora não entra muita nos conflitos dela. Elizabeth e Jane são as irmãs mais velhas e amigas mais próximas. Elizabeth é... volúvel. É ela quem cresce com o decorrer da história, quem aprende, erra, sofre, e ama. Jane é mais quieta, embora ela sofra com os seus conflitos, não toma muitas ações e nem abre muito a boca para tentar corrigir coisa alguma. Ela também `e incapaz de pensar mau das pessoas. Elas são de longe as personagens mais íntimas (e talvez) prediletas da autora.
Mr. Bennet, o pai, é reservado e deixa as filhas muito "a soltas", mas as ama profundamente tanto quanto sua mulher, ao ponto de tolerar todos os seus chiliques. Mrs. Bennet é louca, ambiciosa, e tenta sempre encontrar uma desculpa pra os erros de suas filhas mais novas, Lydia e Kitty.

É sob esses personagens que Austen desenrola a história. E como em todas, o livro é repleto de bailes. (Parece que essa era a principal diversão naquela época.) E são nesses que Jane conhece Bingley e Elizabeth conhece Darcy.



Ao contrário de Jane e Bingley que se apaixonam instantaneamente, Darcy e Elizabeth tem os seus conflitos. Embora ele pouco fale, ela o acha inconveniente, mesquinho e o detesta ainda mais quando descobre por meio de um rapaz, Wickham, que Darcy cometeu contra ele a maior de todas as injustiças, sendo portanto, visto como um homem sem qualquer moral. Já para Darcy, Elizabeth chama a sua atenção por não querer sempre o agradar.

Elizabeth se deixa levar pelos pensamentos e crenças dos outros muito facilmente. Por isso ela é o "Preconceito" do livro. Ela se sente atraída por Wickham, unicamente, por que ele sorri belamente, é educado, e por que sofreu nas mãos de Darcy. (isso me chocou, confesso.)
Darcy é qualificado desde o início como "Orgulhoso", seja por sua muito estima por sua família, e seu título, seja por suas palavras grosseiras e ações indiferentes.





Essa é basicamente o tema do livro: em como os atos de outras pessoas podem ser facilmente levados erroneamente  sem que a gente saiba o lado de ambas as partes. Sem contar que a Austen mostra de maneiras bem sutis (e acho que isso está em todas as suas obras) em como uma sociedade pode ser fútil, egoísta, mesquinhas, mas também que nem tudo é o que parece ser, e ás vezes algumas pessoas podem ter certas razões para agir de tal ou tal modo.



É um livro delicioso de ler. Eu demorei acho, que uma ou duas semanas, mas também por que sempre acontecia alguma coisa pra atrapalhar, (tinha vezes que eu ficava meia hora tentando interpretar uma parágrafo de cinco linhas hahaha) só que mesmo assim foi leve e fluída, as horas passavam muito rápidas, e todos os personagens amáveis são amáveis e os odiáveis são odiáveis mesmo. Não tem o vilão que a gente ama, nem o mocinho que a gente odeia, sabe?
Eu gostei muito do final, principalmente por que a Austen se mostrou mais na escrita, em que era ela que estava ali, ela estava mais pessoal, e isso quase me fez sentir do lado dela. (: (ás vezes eu me perguntava se a personagem Jane não teria alguma coisa escondida da autora. É esquisito para um autor colocar o seu nome de um personagem na história, então se ela colocou será que entrelinhou alguma verdade? hehe)

Falando do filme: assisti pela terceira vez e chorei confesso. É uma obra muito bem feita. Em toda a minha leitura do livro eu vi (sério) a Keira como a Elizabeth, ou o Matthew como o Darcy; a família Bennet em peso tinha uma personalidade muito fiel entre filme e livro. Todos os personagens do filme foram muito bem interpretados e eu aplaudo de pé!
Ao contrário do filme, que desenrola os acontecimentos muito e muito rápido, no livro a autora se prolonga mais com os fatos, como por exemplo quando a Lydia foge com o Wickham, isso dura longos capítulos, e ela descreve extensamente a dor dos pais, e todas as viagens que tal e tal personagem fazia para tentar encontrar os fugitivos. Mas ainda assim eu entendo que é uma obra baseada em outra obra, não dá pra ser de todo fiel. (Eu só queria que a cena alternativa do filme americano tivesse permanecido. :/ Ingleses... Por que sempre tão certinhos? hehe)


Orgulho e Preconceito tem 335 páginas, e foi escrito em 1813.
Editora: Abril
Digitalização e Revisão (do arquivo): Vick
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