terça-feira, 6 de março de 2012

Olavo Bilac, por Amanda Soares


Primeiramente, eu queria me desculpar pela demora dos textos, minha vida anda tão agitada, e confesso que ela não tem das maiores novidades, eu continuo há mesma, dia após dia, sem muitas informações pra compartilhar, mas sempre que um sentimento novo surge, eu venho aqui desabafar. E hoje tem uma daquelas coisas fofas, que eu simplesmente amo. Estava fazendo o dever de casa de Língua Portuguesa, e em um dos textos para ser lido, me deparei com um trecho de uma linda carta de amor do poeta Olavo Bilac. Leiam-na.

‘’Excelentíssima Senhora. Creio que esta carta não poderá absolutamente surpreendê-la. Deve ser esperada. Por que V. Excia. compreendeu com certeza que, depois de tanta súplica desprezada sem piedade, eu não podia continuar a sofrer o seu desprezo. Dizem que V. Excia. me ama. Dizem, por que da boca de V. Excia. nunca foi me dado ouvir esta declaração. Como, porém, se compreende que, amando-me V. Excia., nunca tivesse para mim a menor palavra afetuosa, o mais insignificante carinho, o mais simples olhar comovido? Inúmeras vezes lhe pedi humildemente uma palavra de consolo. Nunca obtive, por que V. Excia. ou ficava calada ou me respondia com uma ironia cruel. Não posso compreendê-la: perdi toda a esperança de ser amado. Separemo-nos. [...]’’

Comoveu-me.
Sim. De todos os ângulos possíveis, e de todas as maneiras possíveis de se amar. Não tenho um amor assim, mas senti como se tivesse. Como deve ter sido dolorido não ter sido amado da forma que queria, e gostaria que fosse.
Aliás, que nunca sofreu por amor? De mentirinha, por drama, de verdade, de faz de conta, sem querer, de encantamento. Todos nós já tivemos um amor pequeninho ou maior que o nosso poder de amar. Eu mesma por exemplo. Já tive o primeiro gostar-amar. Parecido com o dos filmes. Ele é lindo, gentil, carinhoso, e é o nosso melhor professor da primeira série.
Parece bonitinho, mas não é. Criança quando gosta, gosta, quando ama, ama. E eu não sei se era amor ou era gostar, mas eu sei que foi uma das únicas vezes que eu me lembro de sentir a falta de alguém e doer o coração. Verdade, eu tinha seis ou sete anos, e não tinha a menor idéia do que é ‘’gostar’’ de alguém, assim como eu não sei hoje também.
Talvez não fosse amor.
Não era amor.
Todos nós escrevemos, ou escreveremos sobre ele. Ele que está agora te fazendo suspirar. Talvez demore, talvez não, mas algum dia você poderá me dizer, se era gostar ou amar.

Xxx. Super Amorinha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Copyright © 2015 | Design e Código: Sanyt Design | Tema: Viagem - Blogger | Uso pessoal • voltar ao topo