E aqui estou eu, tentando lidar com a mentira que aprendi e pensei ser verdade: as pessoas não são boas, muito menos generosas, cada uma cuida do seu próprio umbigo, e o outro que se dane. Não acredito mais na conversinha no pé do ouvido que existe aquela diferente, que nunca fará o que o outro fez, é fiel e eterno, aliás, não me lembro quem foi que disse, mas, foi algo mais ou menos assim: ‘’os amigos são apenas inimigos que não atacaram ainda’’ e infelizmente, tenho que entender isso de uma vez por todas, onde cada um, procura sua felicidade sozinho, mas o que eu ainda não entendo, é que se a solidão é tão grande e bonita e ela te traz tantas coisas prazerosas, com quem você vai dividir seus triunfos depois?
Acho que no final das contas eu
só sentei aqui pra escrever e desabafar pra alguém ou ninguém como eu me sinto
em relação ao mundo. Me dói o coração ver a que ponto a humanidade chegou, ver
e sentir que o outro não importa mais, que o ‘’eu te amo’’ se tornou frase de
comercial, que todos os dias, crianças morrem de diarreia, uma doença tão banal que ainda mata milhares ou milhões, por que ninguém toma a coragem de se levantar
da cama e tentar fazer o bem ao próximo.
Como posso ser escritora, olhar o
mundo em que vivo virar as costas, fechar os olhos e escrever que ele é lindo,
que as pessoas se amam que ninguém passa fome, não há guerras, nem mortes, onde
todos vivem felizes para sempre? Você já viveu nessa realidade? Diga-me quando
foi que ligou a TV ou leu um jornal e soube que os países estão em paz, que todas
as crianças têm educação igualitária? Como podemos deitar a cabeça no
travesseiro sabendo que naquele exato momento, milhões de pessoas não têm idéia
donde irão passar a noite? Também, não adiante eu escrever, escrever, e
implorar que algo aconteça, no final das contas já estava predito que o amor
da maioria se esfriaria, então, me resta ou nos resta sentar e esperar que uma
força maior corrija tudo.
Xxx. (@superamorinha)
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