sexta-feira, 29 de junho de 2012

Ponto de vista, por Amanda Soares

Sempre acreditei que amor e paixão fossem coisas opostas, o amor era segurança duradoura e carinho, e paixão era coisa momentânea, avassaladora, fogo de palha. Mas sempre ouvi dizer que a gente nunca para de aprender, de ter a chance de ver a vida com outros olhos, acreditei nisso, mas nunca presenciei, até que subitamente o meu ponto de vista mudou, e a definição que eu tinha da paixão entrou em outro ritmo, naquela em que, comecei a vê-la muito bem como a luz que mantém o túnel iluminado, o calafrio que estremece o coração, onde a paixão pode ser a pitada que faltava em uma relação e os mantêm vivos, acesos, para continuar amando. Claro que não é nada erótico, está bem distante de ser isso, é muito mais a união entre o amor de querer a pessoa bem e a paixão de fazer com que ela veja e sinta que você a quer bem.
Talvez faça algum sentido, deve ser por isso que sempre gostei da discussão do casal em um filme, me mantinha ativa e ansiosa para ver o homem confessar que amava a mocinha e beijá-la. Por que é em uma briga que se diz a verdade, é na discussão também que as pessoas falam as verdades mais doloridas, e por isso ela sempre me surpreendia. E agora eu estou tranquila com isto, sim por que antes me sentia uma louca por ser atraída por esse tipo de relação tumultuosa, mas agora eu aprendi que a paixão pode ser algo bom.

Mas tem que ser tumultuoso pra ser chamado de amor? Depende do ângulo em que você vê. Não significa que um casal que não briga não se ama. Se você está com alguém e se sente incomodado com tanta comodidade na relação esse é o problema. Mas se é do seu gênero e do ele também serem pacatos, por que tentar fazer fogo embaixo d’água?  Eu por exemplo, serei sempre escandalosa, briguenta, ciumenta e atrapalhada.  Falo o que vem na cabeça nas piores horas, e não adianta me dizer pra pensar antes de falar, só vou ficar calada se você não merecer a minha resposta. EU sou assim, e não tem jeito de mudar, gosto de ciúmes bobos, gosto de discussão por qual cor da parede da sala escolher. Mas esse é o MEU jeito, e por eu ser assim, que quero alguém que me complete. Que tenha bom humor, já que poucos me fazem rir de verdade. Quero que ele seja otimista. Que seja parceiro dos meus sonhos, mas que também saiba me colocar no chão, sem ferir meus sentimentos e entendendo minhas limitações. Esse é o meu modo de ter um relacionamento, e é assim que eu o vejo. Pode ser que assim como mudei de opinião com a Senhora Paixão eu mude o meu conceito do meu futuro namorado. Pode ser. Quem sabe?

Xxx. (@superamorinha)   

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