sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Liberdade, liberdade!




        Você talvez conheça a nova novela das seis ou talvez não. ‘’Lado a lado’’ traz a história do Brasil contada de uma forma impossivelmente sensível, com uma delicadeza indescritível, tudo isso por que eu quero persuadir você a assisti-la.
Entre outras coisas, na última semana a personagem Laura (Marjorie Estiano) se divorciou de Edgar (Thiago Fragoso), entre outras coisas – mais uma vez – por não suportar a perda de seu filho, achegada da ex-amante na casa do casal e além de tudo uma filha que o marido tivera pouco antes do casamento. Uma bomba que mexeu com o coração de muitos telespectadores (como eu) e que fez muita gente gritar e chorar (como eu!)
A questão é que, depois que Laura pediu o divórcio, todos começaram uma guerra, era gente falando que ela deveria ter lutado pelo amor ao marido, ter aceitado a filha e a ex-amante; era gente dizendo que a personalidade forte da Laura deveria ter sido posta e ela não poderia pedir o divórcio e encarar tudo de frente, como a mulher forte que ela dizia ser, e aí eu explodi, e estou aqui para defender minha querida personagem, como verdadeira feminista que sou.
'Confiança em alta! Público acha que Laura errou ao se separar de Edgar''
       Foi essa aí a notícia que saiu no site da novela, e eu não consigo entender as pessoas, de verdade, por que, até que ponto uma pessoa deve se abdicar de seu amor próprio e amar o outro? Aliás, isso é possível?
        Eu quero explicar o meu ponto de vista: apoio a Laura pela separação. Por quê? Por que acredito que por mais que a gente ame alguém, por mais infinito e doído que seja esse amor, nem tudo vale apostar em nome dele, nem tudo vale apostar, como o nosso amor próprio, acredito que a gente tem que decidir quando sofrer. É mais ou menos como comprar um sapato: você compra dois números abaixo do seu, por que assim fica mais bonito e elegante, ou você percebe que ele está te machucando bem na, joanete, mas você compra, por que achou bonito e quer se mostrar para as pessoas. Aí você decidiu sofrer, você está sabendo que depois de andar o dia inteiro irá voltar para casa com seus pés doloridos, você escolheu assim e não pode reclamar. Mas a situação poderia ter sido outra, não podia? Podia. Você podia ter escolhido o sapato mais barato, mas que também não deixa a desejar na beleza podia aceitar que você não calça mais 36 e ir desfilando pra casa com seu pezinho 38, o pé não ia doer e seria um xingamento a menos na sua vida, seria bem melhor, e ainda de cara, economizaria em curativo pra joanete. O que eu estou querendo dizer com isso?
Que a gente pode escolher se prolonga o sofrimento ou se quer ser feliz. A minha conclusão é essa: na novela, a Laura escolheu se separar, ela sofreu, chorou, e foi embora. Assim, nessa seqüência, por que era melhor para ela, sofrer logo de uma vez do que prolongar a dor e se machucar ainda mais.
       Para mim, concluo dessa forma: na vida existem coisas mais importantes que o amor a um homem. Se você não se escolher primeiro, amá-lo será impossível.  Portanto, muita coisa bonita e sensível ainda vem nessa trama que, há muitos anos não seguia desde o primeiro capítulo, e mesmo a choros, gritos, e sorrisos (todos os ingredientes que acho essencial para fazer-me apaixonar por uma obra) acredito que, vai nos ensinar (pelo menos a mim) como escolher a nossa liberdade.

Xxx Amanda.

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