segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Eleanor e Park por Rainbow Rowell



Esse livro é absurdamente estranho e bonito. E quando ouvi de alguém: “Talvez se você tiver 12 ou 13 anos goste da leitura...” comecei a me perguntar o que tinha de errado comigo (eu tenho dezoito...). 
Como eu tinha lido uma crítica sobre o livro, totalmente pesarosa, embarquei na leitura de modo covarde, e esperava o momento em que eu gritaria: “Ah, meu Deus! Que horror!” Mas... Isso não aconteceu, e agora eu me pergunto: será que li o mesmo livro que esse cara?!
Eleanor é a garota com descendência dinamarquesa e/ou escocesa. Ruiva e gorda. Basicamente é assim que ela briga com ela mesma em toda a história. Ela é a garota nova, e desde sempre sofre bullying, tanto dentro quanto fora do colégio. A família de Eleanor é totalmente desestruturada. Ela vive com a mãe, os irmãos e um padrasto LOUCO de pedra.
Park tem descendência coreana e luta taekwondo. A família dele (modestamente) deveria fazer parte de comerciais de margarina. Mesmo depois de anos de casamento, os pais continuam apaixonados; cuidam da família de uma maneira sutilmente cômica, já que a mãe dele não sabe trabalhar direito os verbos. Como Eleanor, ele sofreu com as zombarias na escola, mas acabou encontrando uma maneira de se entender com “os caras”.
Quando Eleanor sobe para o ônibus para o seu primeiro dia, ela acaba tendo que se sentar ao lado de Park — todos os lugares são “marcados”.
É dessa maneira que eles se conhecem e que passam a gostar um do outro; depois que Park está lendo gibi, Eleanor fica tão interessada na história que o garoto meio que “divide” a leitura com ela de maneira sutil.
Eleanor passa a frequentar a casa de Park, e parece mais a irmã mais velha do que a namorada. Park nunca vai à casa de Eleanor, por causa de sua família.
A história se desenrola dessa maneira, eles se encontram todos os dias no ônibus, e com o tempo desenvolvem diálogos, sobre bandas e gibis. 


Ao contrário da crítica que ouvi de que o livro seria: “Eleanor gosta de Park, Eleanor não gosta de Park” os momentos de Eleanor de “não gostar de Park” são todos justificáveis (gente, a mãe "esqueceu" a garota na casa dos vizinhos por UM ano, depois que Eleanor brigou com o padrasto. UM ano. Acho que ela tinha o direito de ser insegura, não?).
A autora Rainbow Rowell tem um humor fino, mas inteligentíssimo. Poucas coisas me incomodaram na história em si, ela criou personagens com personalidades, com vida, que te fazem acreditar que existem. São incríveis. A história é doce e definitivamente NÃO termina como começou [...] 

Eu tive sim, alguns problemas com essa edição. Foi a minha primeira compra da Livraria Saraiva e chegou, tipo, o dobro do tempo que um livro que eu comprei no mesmo dia na Submarino. A minha edição veio manchada em duas páginas. E gente, alguns trechos da tradução desse livro me fizeram gritar. [...] Talvez por ser uma linguagem dos anos 70' fica mais difícil traduzir para o português, mas é nessas horas que o rodapé nunca me incomoda. Além de que alguns trechos não faziam sentido algum. Eu parei a leitura por vários momentos levando em conta isto. Foi a primeira vez que uma tradução me irritou. 


 Ah! Mais uma coisa: segundo a Revista Capricho a DreamWorks comprou os direitos da obra, e vai transformá-la em FILME. JURO que já tinha pensado em como a história é perfeita para o cinema. <3 As filmagens começam ano que vem. <3

Editora: Novo Século
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2 comentários:

  1. Amanda, a sua resenha desse livro ficou perfeita! Achei que você conseguiu resumir super bem os personagens no primeiro parágrafo, parabéns! Eu me senti confusa também ao ler esse livro. Quando terminei, não sabia o que fazer com aquilo tudo. Tipo, eu tinha aquilo nas minhas mãos, e agora?! Sabe? Que agonia! Mas com certeza não é um livro ruim, porque a autora é genial, e eu adoro esse humor inteligente que ela usa.
    AI MEU DEUS, vai ter filme??? Estou pulando no sofá neste exato momento! Já estou ansiosa pra saber quem vai interpretar os papeis (provavelmente vão nos decepcionar de novo, mas ok, né!) HAHA
    Beijos!

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    Respostas
    1. Ah! Isso vindo de você é mais puro amor ainda. <3
      "[..]Quando terminei, não sabia o que fazer com aquilo tudo. Tipo, eu tinha aquilo nas minhas mãos, e agora?!" Exatamente o que eu senti também!
      Simmm! Espero que encontrem os atores certos (nada desses jovenzinhos bonitinhos mas sem sal, sabe? Espero atores fisicamente parecidos e maduros na atuação. :3)

      Beijo, Gabi!

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