Tenho seguido um amor platônico
pela escritora Jane Austen nos últimos meses. Comecei assistindo ao famoso
filme que foi adaptado de seu livro “Orgulho e Preconceito”, por indicação de
uma amiga que dizia que eu lembrava a Keira (muito amor!).
Apesar de o filme ser um pouco
confuso, e eu ainda desejar ler o livro para conhecer a escrita da Austen,
percebi que ela segue uma linha em todas as suas obras (pelo menos no que os
filmes demonstraram, e se eu estiver errada corrigirei no futuro!), todo um ar
inglês, com músicas, danças, uma protagonista peculiar, e uma história em que
há o impedimento da realização do amor.
Créditos na imagem!
Também assisti ao filme Amor e Inocência
(talvez eu faça um resenha dele) e percebi o quanto da personalidade da Austen
eu tinha...
Foi então que eu me perguntei:
“Dizem que foi a partir de um romance com um advogado que ela se inspirou para
escrever Orgulho e Preconceito, mas o quanto do amor Jane
sabia para escrever seus outros romances?”.
Para quem não sabe Jane Austen
nunca se casou, muito mais que isso é especulação. O que se sabe ao certo é que
depois que o pai das irmãs morreu, a família começou a passar sérias
dificuldades financeiras. E então ela e
sua irmã Cassandra viveram juntas até a morte de Jane.
Austen ganhou alguma fama com
seus livros, mas naquela época não se ganhava tanto dinheiro assim com a
escrita, ainda mais para uma mulher. Anos mais tarde, ficou doente, e
ninguém sabia ao certo o que ela tinha, Jane por fim morreu aos quarenta e um anos de
idade.
Anne Hathaway no papel de Jane Austen, no filme "Amor e Inocência". Fonte da imagem
[...]
O seu romance com o jovem
advogado, ela tinha mais ou menos vinte anos, não há registro se ela se
envolveu com outros homens, então... Em que Austen se baseava em seus romances?
É verdade, por exemplo, que em Razão e Sensibilidade ela trata do convívio de
duas irmãs, e isso talvez tenha se tornado persuasivo para o leitor, já que
Jane teve experiência para escrever sobre esses sentimentos. Mas e o amor? Da
onde ela tirou palavras para descrever seus outros romances? Do advogado que
agora estaria casado e com filhos? De seu desejo não realizado com ele? Ou com
outro qualquer homem? De sonhos, idealizações?
Talvez no final, ela teve outros amores.
Cabe aqui escrever também que fiz
esse texto por que costumava escrever sobre tais sentimentos, mas... Eu nunca
senti tais sensações. Escrevia o que
imaginava ser possível acontecer, ser possível acreditar. Será que era isso que
Jane Austen responderia? Será que ela escreveu tanto sobre o amor por que sabia
que em uma época machista como a dela, nunca encontraria outro amor que a
pudesse compreender, e aceitar que sim, ela era mulher e escritora e que
poderia viver disso? Será que ela se abdicou do momento de viver um amor para escrever sobre ele?
No papel tudo é mais fácil, e talvez Austen soubesse disso.
No papel tudo é mais fácil, e talvez Austen soubesse disso.
Xxx, Amanda.
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